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quarta-feira, 17 de abril de 2013


Sobre Arteterapia

"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920).




Arteterapia é um processo terapêutico que se serve do recurso expressivo a fim de conectar os mundos internos e externos do indivíduo, através de sua simbologia. 

Variados autores definiram a Arteterapia, todos com conceitos semelhantes no que diz respeito à auto-expressão. É a arte livre, unida ao processo terapêutico, que transforma a Arteterapia em uma técnica especial. Segundo a Associação Brasileira de Arteterapia, é um modo de trabalhar utilizando a linguagem artística como base da comunicação cliente-profissional. Sua essência é a criação estética e a elaboração artística em prol da saúde.

O uso de recursos artísticos com finalidades terapêuticas começa a ser incentivado no início do século XIX, pelo médico alemão Johann Christian Reil, contemporâneo de Pinel. Este profissional estabeleceu um protocolo terapêutico, com finalidade de cura psiquiátrica onde incluiu o uso de desenhos, sons, textos para estabelecimento de uma comunicação com conteúdos internos. Estudos posteriores traçaram relações entre Arte e Psiquiatria, sendo que um profissional que também utilizou o recurso da arte aplicado à Psicopatologia foi Carl Jung, que passou a trabalhar com o fazer artístico, em forma de atividade criativa e integradora da personalidade:

Partindo do princípio de que muitas vezes não se consegue falar a respeito de conflitos pessoais, a Arteterapia propõe recursos artísticos para que sejam projetados e analisados todos esses processos, obtendo-se uma melhor compreensão de si mesmo, e podendo ser trabalhados no intuito de uma libertação emocional.

A Arteterapia baseia-se na crença de que o processo criativo envolvido na atividade artística é terapêutico e enriquecedor da qualidade de vida das pessoas. Por meio do criar em arte e do refletir sobre os processos e os trabalhos artísticos resultantes, pessoas podem ampliar o conhecimento de si e dos outros, aumentar a auto-estima, lidar melhor com sintomas, stress e experiências traumáticas, desenvolver recursos físicos, cognitivos, emocionais e desfrutar do prazer vitalizador do fazer artístico.

As linguagens plásticas, poéticas e musicais, dentre outras, podem ser mais adequadas à expressão e elaboração do que é apenas vislumbrado, ou seja, esta complexidade implica na apreensão simultânea de vários aspectos da realidade. Esta é a qualidade do que ocorre na intimidade psíquica: um mundo de constantes percepções e sensações, pensamentos, fantasias, sonhos e visões, sem a ordenação moral da comunicação verbal do cotidiano.

Uma obra de arte consegue, por si só, transmitir sentimentos como alegria, desespero, angústia e felicidade, de maneira única e pessoal, relacionadas ao estado espiritual em que se encontra o autor no momento da criação.

A utilização de recursos artísticos (pincéis, cores, papéis, argila, cola, figuras, desenhos, recortes, etc.) tem como finalidade a mais pura expressão do verdadeiro self, não se preocupando com a estética, e sim com o conteúdo pessoal implícito em cada criação e explícito como resultado final. Contudo, as técnicas de utilização dos materiais, acima citados, são para simples manuseio dos mesmos, e não para profissionalização ou comercialização.

A Arteterapia tem como principal objetivo atuar como um catalisador, favorecendo o processo terapêutico, de forma que o indivíduo entre em contato com conteúdos internos e muitas vezes inconscientes, normalmente barrados por algum motivo, assim expressando sentimentos e atitudes até então desconhecidos.

A Arteterapia resgata o potencial criativo do homem, buscando a psique saudável e estimulando a autonomia e transformação interna para reestruturação do ser. Propõe-se então, a estruturação da ordenação lógica e temporal da linguagem verbal de indivíduos que preferem ou de outros que só conseguem expressões simbólicas. A busca da terapia da arte é uma maneira simples e criativa para resolução de conflitos internos, é a possibilidade da catarse emocional de forma direta e não intencional.


Sobre Fonoaudiologia


A Profissão de Fonoaudiólogo



É a ciência que se ocupa da pesquisa, da prevenção, do diagnóstico, da habilitação e reabilitação da voz, da audição, da motricidade oral, da leitura e da escrita. O fonoaudiólogo cuida das questões ligadas à comunicação oral e escrita. Ele trata de deficiências de fala, audição, voz, escrita ou leitura. Pode atuar em parceria com fisioterapeutas, otorrinolaringologistas, neurologistas e psicólogos. Com dentistas, trata de males que podem causar ou agravar problemas ortodônticos, como vícios de mastigação e deglutição. Auxilia profissionais que utilizam a voz, como cantores e atores. Pode trabalhar em clínicas, consultórios, escolas, hospitais e emissoras de televisão. Para exercer a profissão é preciso registrar o diploma no Conselho Regional de Fonoaudiologia.


A Fonoaudiologia estuda basicamente a comunicação, a linguagem, a audição e a interação entre as elas. Cabe ao Fonoaudiólogo diagnosticar e tratar problemas que possam ocorrer na comunicação, tais como surdez, gagueira, surdez, dicção incorreta, ou problemas de respiração que atrapalhem a fala. O fonoaudiólogo além de atuar no ataque aos problemas de fala, também atua na prevenção orientando e disseminando boas práticas.

Uma outra atribuição do fonoaudiólogo é também ajudar na reabilitação de pacientes que tenham tido sequelas na voz devido a alguma doença, tal como câncer ou então algum acidente. Além de ajudar, juntamente com os psicólogos a crianças com retardo de fala devido a problemas psicológicos ou traumas.



Sobre a PSICOPEDAGOGIA


A Psicopedagogia, enquanto prática clínica, como campo de conhecimento e atuação em saúde e educação, tem atuado no processo de construção do conhecimento e nas dificuldades de aprendizagem que se apresentam nessa construção. A Psicopedagogia compromete-se primordialmente com o sistema educativo relativo às dificuldades de aprendizagem, buscando levar o educando a integrar-se no meio sócio-educativo, respeitando sua individualidade.

A Psicopedagogia oferece um espaço onde você poderá buscar ajuda para rever, repensar e refletir sobre suas questões de aprendizagem.

O psicopedagogo observa o indivíduo em todos os sistemas em que está inserido, ou seja, as relações entre o processo ensino-aprendizagem, saúde-doença e suas implicações. Existe, na verdade, um mito que se dissemina em várias direções: a crença de que questões de saúde são responsáveis, ao menos em parte, pela dificuldade de aprendizagem escolar. Essa questão deverá ser motivo de inquietação e objeto de pesquisas por parte dos profissionais da Psicopedagogia e da Educação antes mesmo que da Medicina. São inúmeras as obras que fazem menção ao assunto, tornando-se praticamente impossível elencar todas as possíveis definições e abordagens sobre esses conceitos.

Considerando as diversas causas que podem interferir no processo ensino-aprendizagem, investigar o ambiente no qual a criança vive e a metodologia abordada nas escolas é importante antes de se traçar o enfoque terapêutico, uma vez que a criança pode não apresentar distúrbio de aprendizagem, mas apenas não se adaptar ou não conseguir aprender com determinada metodologia utilizada pelo professor, como também carência de estímulos dentro de casa. Por outro lado, a criança pode não apresentar fatores externos e mesmo assim não conseguir desenvolver plenamente suas habilidades pedagógicas. É o caso das crianças com distúrbio de aprendizagem, cujas limitações intrínsecas se manifestam através de deficit linguístico, alteração no processamento auditivo e vários outros fatores que podem prejudicar significativamente o aprendizado da leitura e da escrita.

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGÓGICAS

A Psicopedagogia acompanha a necessidade de organizar os variados processos que fazem parte do aprendizado humano, refletindo questões relacionadas ao desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo e à situação de aprendizagem do sujeito aprendente. Atua não só no interior do aluno, mas busca sensibilizá-lo para a construção do conhecimento, respeitando seus desejos e necessidades com o acompanhamento do professor.

“O psicopedagogo pode usar como recursos a entrevista com a família; investigar o motivo da consulta; procurar a história de vida da criança realizando Anamnese; fazer contato com a escola e outros profissionais que atendam a criança; manter os pais informados do estado da criança e da intervenção que está sendo realizada; realizar encaminhamento para outros profissionais, quando necessário” (Rubinstein).

O psicopedagogo faz a ponte entre profissionais que atuam de forma multidisciplinar no acompanhamento do desenvolvimento humano, como neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas.
O comprometimento de todos os envolvidos (escola, professor e família) no processo de construção de conhecimento embasa decisões da ação psicopedagógica para o sucesso do acompanhamento das dificuldades de aprendizagem.

CRIANÇAS E ADOLESCENTE DESATENTOS OU DESATENDIDOS?

Nesse sentido, entende-se a necessidade do trabalho psicopedagógico atuando de forma a acompanhar o aprendiz nos processos envolvidos de aquisição e elaboração de conhecimento, estudando condições para que isso ocorra, localizando, quando necessário, dificuldades e problemas que levem a interrupções nesses processos, propondo caminhos para que o aprendiz possa superá-los. Trata-se de um momento acolhedor, de escuta atenta e ativa perante as experiências, novidades, dúvidas, perdas, anseios e medos que permeiam suas vivências e que podem estar restringindo sua aprendizagem e seu crescimento pessoal.
Há um tempo, a falta de clareza a respeito dos problemas de aprendizagem fazia com que os alunos com dificuldades fossem encaminhados para profissionais de diversas áreas de atuação sem uma resolução eficaz dos problemas detectados. Atrelada a construção do conhecimento, a Psicopedagogia atua integrativamente, associada a outras áreas do conhecimento, buscando averiguar criticamente o modo como é conduzido o processo de ensino-aprendizagem.


PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

A Psicopedagogia Clínica e Institucional tem como meta contribuir com pesquisas na área da aprendizagem e do desenvolvimento humano, de maneira ética e reflexiva, com fundamentação científica, buscando o bem-estar dos envolvidos nesse processo.

Clinicamente ou institucionalmente, a Psicopedagogia tem como centro o indivíduo em desenvolvimento e as alterações do desenvolvimento, favorecendo a apreensão de competências e habilidades que possibilite o aprender num sentido mais amplo.
É observável os crescentes problemas ligados às dificuldades de aprendizagem. Embasada em grandes teóricos como Piaget, Vygotsky, Freinet, Ferreiro, Teberosky e outros, pedagogos e professores os analisaram como insuficientes para uma intervenção ativa nas dificuldades de aprendizagem. Nessa perspectiva, surge o profissional psicopedagogo, que auxilia na intervenção realizando diagnósticos que consideram o indivíduo na sua essência interna e externa no processo de aprendizagem; compreende o sujeito da aprendizagem a partir de seu contexto cultural, social, cognitivo, psíquico e orgânico; aprofunda o estudo dos processos e instrumentos de intervenção a partir dos diferentes contextos de aprendizagem: lógica, letramento, espaço e tempo, expressões musicais, corporais e plásticas.

Cabe ao trabalho psicopedagógico a percepção de dificuldades e o planejamento adequado para a intervenção nas instituições e clínicas, interada com outros profissionais para o maior conhecimento dos processos de aprendizagem nos seus aspectos cognitivos, emocionais e corporais. É a percepção de uma criança singular que vai comandar o processo de aprendizagem e não um modelo universal de desenvolvimento, respeitando o desempenho individual de cada um, nem sempre contínuo e numa única direção.

Os problemas de aprendizagem podem ocorrer tanto no início quanto no decorrer do período escolar e expressam diferenças que variam de aluno para aluno, solicitando uma investigação no campo em que eles se manifestam.

A importância da Psicopedagogia Clínica como elemento mediador da aprendizagem, principalmente com crianças com suspeita de transtornos, inclusive o de deficit de atenção e hiperatividade (TDHI), dislexia, entre outros, tem como objetivo principal buscar subsídios teóricos para melhor entender suas influências sobre a aprendizagem e como lidar com esses comportamentos e com todos os envolvidos no processo. Encontra justificativa na afirmação de que o TDAH é um problema que atinge grande parte da população mundial e, justamente por isso, o psicopedagogo clínico tem uma contribuição para orientar o trabalho de pais e professores que tenham filhos e alunos com suspeita de tal deficiência.


Fonte:http://psico09.blogspot.com.br/2012/10/sobre-psicopedagogia.html

Psicopedagogia associada a Equoterapia

Equoterapia

Equoterapia é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais.
Conceito da ANDE-BRASIL, 1999.

Princípios Básicos da Equoterapia (no aspecto motor)

O prazer de montar

A andadura do cavalo imprime movimentos tridimensionais, ou seja, em três eixos distintos para cima e para baixo, para um lado e para outro e para frente e para trás, que são estímulos somatossensorial, proprioceptivos e vestibulares para o praticante cavaleiro.

Desenvolver o controle postural do praticante pelo estímulo à via dos substratos do controle motor local.

Desenvolver o equilíbrio do praticante pelo estímulo aos substratos de controle motor postural, reações de ajuste, de defesa e de endireitamento corporais.

Aperfeiçoar o assento do praticante sobre o cavalo pelo estímulo do controle motor global. Nesta fase o praticante aperfeiçoa e aplica feedback/feedforward adquiridos, que o permitem manter-se equilibrado sobre à sela e unir-se coordenada e harmoniosamente aos movimentos do cavalo, desenvolvendo com o animal um conjunto biomecânico melodioso.

Metas (motoras) a serem atingidas

  • A meta terapêutica é chegar ao máximo de função do praticante. 
  • A meta funcional motora da equoterapia é: desenvolver no praticante, capacidades funcionais que permitam sua independência nas atividades de vida diária. 



Programas de Equoterapia

Confiança e objetividade

É sabido que cada indivíduo, com deficiência e/ou com necessidades especiais, tem o seu “perfil”, o que o torna único. Isto evidencia a necessidade de formular programas individualizados, que levem em consideração as demandas daquele indivíduo, naquela determinada fase de seu processo evolutivo.

A equoterapia é aplicada por intermédio de programas individualizados organizados de acordo com:
• as necessidades e potencialidades do praticante;
• a finalidade do programa;
• os objetivos a serem alcançados, com duas ênfases:
• a primeira, com intenções especificamente terapêuticas, utilizando técnicas que visem, principalmente, à reabilitação física e/ou mental;
• a segunda, com fins educacionais e/ou sociais, com a aplicação de técnicas pedagógicas aliadas às terapêuticas, visando à integração ou reintegração sócio-familiar. (Fonte ANDE-BRASIL 2009)
Hipoterapia

Programa essencialmente da área de saúde, voltado para as pessoas com deficiência física e/ou mental; é chamado em várias partes do mundo de hipoterapia; a ANDE-BRASIL também adota tal nome para este programa da Equoterapia.
Neste caso o praticante não tem condições físicas e/ou mentais para se manter sozinho a cavalo.

Portanto, não pratica equitação.

Necessita de um auxiliar-guia para conduzir o cavalo. Na maioria dos casos, também do auxiliar lateral para mantê-lo montado, dando-lhe segurança.

A ênfase das ações é dos profissionais da área de saúde, precisando, portanto, de um fisioterapeuta, a pé ou montado, para a execução dos exercícios programados.

O cavalo é usado principalmente como instrumento cinesioterapêutico.
Fonte ANDE-BRASIL 2009.

Estudos demonstram que crianças com Disfunção Neuromotora frequentemente apresentam grandes dificuldades no controle muscular e postural e como conseqüência dessa condição suas atividades funcionais e exploração do ambiente tornam-se deficitárias. Múltiplos fatores têm influenciado o aumento da incidência da Disfunção Neuromotora no Brasil e no mundo.

O avanço tecnológico, por exemplo, vem propiciando que cada vez mais crianças tenham índices de sobrevida maior após graves intercorrências durante sua gestação e outras durante ou após o parto. Outro fator relevante diz respeito à maternidade. Com o tempo, o planejamento da gestação propiciou as mulheres o poder de escolha. A gradativa ocupação dos espaços que outrora pertenciam somente aos homens fez com que a maternidade fosse postergada, contribuindo com a concepção em idade avançada (após 35 anos) e em muitas situações pelo avanço da idade fértil, somente propiciada através das técnicas de reprodução assistida que incidem em gestação gemelar em 45% dos casos e 7% em trigêmeos ou mais, aumentando percentualmente os riscos gestacionais incluindo a prematuridade.Porem as piores complicações do parto tende a acometer meninas com menos de 15 anos. A mãe adolescente tem maior morbidade e mortalidade por complicações da gravidez, do parto e do puerpério. A taxa de mortalidade é duas vezes maior que entre gestantes adultas. A incidência de recém nascidos com baixo peso de mães adolescentes é duas vezes maior que em recém nascidos de mães adultas, e a taxa de morte neonatal é três vezes maior. Entre adolescentes com 17 anos ou menos, 14% dos nascidos são prematuros. Em 2000, segundo Raquel Foresti, foram realizados 689.000 partos de adolescentes no Brasil, o equivalente a 30% do total dos partos do país. Hoje são mais de 700.000 partos de adolescentes por ano, o que vem contribuindo no índice de recém nascidos acometidos por lesões do Sistema Nervoso Central, devido às condições de assistência pré e perinatal serem satisfatórias apenas a uma parcela da população.

Assim a prevalência de sequelas neurológicas em nosso meio tem mostrado-se bastante elevada, requerendo atenção especial dos profissionais envolvidos nas áreas da reabilitação neuro pediátrica

Sabemos que não existe cura para a Disfunção Neuromotora por conta disto novas tecnologias e recursos estão sendo desenvolvidos por todo o mundo buscando uma melhor qualidade de vida para os portadores dessa condição. A interferência da maturação normal do cérebro, presente no paciente portador de Disfunção Neuromotora, ocasiona um atraso nas etapas do desenvolvimento motor e propicia a presença de padrões posturais e de movimento anormais, consequentes a um tônus anormal. Observamos alterações no alinhamento biomecânico devido ao encurtamento de grupos musculares, assim como pela presença da atividade reflexa. O corpo humano é composto de componentes biomecânicos combinados para produzir posturas e movimentos variados.

Ao analisarmos os componentes da postura do cavaleiro montado, teremos uma base de referencia para determinarmos quais as compensações e ou desvios nossos pacientes podem estar adotando na Equoterapia e como podemos intervir para solução do problema. O foco específico da intervenção, não somente deve ser solucionado a partir dos problemas presentes, mas também no processo de estabelecimento do problema, devendo-se avaliar e especificar qual ou quais segmentos musculoesqueléticos estão envolvidos na disfunção da atividade.

É importante demonstrar a relevância dos recursos terapêuticos complementares como: Theratog e Wraps, Kinesio Tapping, splints e órteses utilizados pelo Conceito Neuroevolutivo Bobath durante o atendimento na Equoterapia junto aos pacientes portadores de Disfunção Neuromotora objetivando a organização biomecânica durante a montaria e consequentemente a potencialização dos benefícios neuromotores. É importante ressaltar que para melhor compreensão desse estudo faz-se necessário a explanação dos objetivos específicos relativos aos recursos utilizados.

Fonte: Artigo: "A Utilização de Recursos Terapêuticos Complementares no Tratamento do Portador de Disfunção Neuromotora na Equoterapia" Dra. Mylena Medeiros - www.equoterapia.org
Educação/Reeducação

Este programa pode ser aplicado tanto na área de saúde quanto na de educação/reeducação.

Neste caso o praticante tem condições de exercer alguma atuação sobre o cavalo e pode até conduzi-lo, dependendo em menor grau do auxiliar-guia e do auxiliar lateral.

A ação dos profissionais de equitação tem mais intensidade, embora os exercícios devam ser programados por toda a equipe, segundo os objetivos a serem alcançados.

O cavalo continua propiciando benefícios pelo seu movimento tridimensional e multidirecional e o praticante passa a interagir com o animal e o meio com intensidade. Ainda não pratica equitação e/ou hipismo.

O cavalo atua como instrumento pedagógico.
Fonte ANDE-BRASIL 2009.


O esporte

Programa Prática Esportiva
Este programa tem como finalidade preparar a pessoa com deficiência para competições paraequestres com os seguintes objetivos:


  • prazer pelo esporte enquanto estimulador de efeitos terapêuticos; 
  • melhoria da auto-estima, autoconfiança e da qualidade de vida; 
  • inserção social; 
  • preparar atletas de alta performance. 


Este programa abre caminho para competições paraequestres tais como: ­Hipismo adaptado
É uma modalidade de competição, dentro de um conceito festivo, adaptada ao praticante de equoterapia, normatizada, coordenada, em âmbito nacional pela Associação Nacional de Desportes para Deficientes e que já realiza competições desta modalidade.

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Os Benefícios Da Equoterapia Para Crianças Com Necessidades Educativas Especiais
Por: Águeda Marques Mendes


"A aprendizagem ocorre como um resultado da interação entre o aluno e seu ambiente. Sabe-se que a aprendizagem ocorreu quando se observa que há modificação no desempenho escolar."
Robert Gagné

Para que ocorra aprendizagem é necessário que haja interação entre o indivíduo e seu ambiente, sendo que a qualidade dessa interação vai afetar diretamente a qualidade da aprendizagem. Nesse processo, fatores como a capacidade de manter a atenção concentrada, a capacidade de estabelecer vínculos afetivos e a autoconfiança assumem um papel de relevada importância.

Partindo dessa premissa, a Equoterapia se insere muito bem no contexto da aprendizagem, principalmente no que diz respeito às crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem nas áreas da leitura, escrita, matemática, psicomotricidade ou social.

A terapêutica começa a acontecer no momento em que o aluno entra em contato com o animal. Inicialmente, o cavalo representa um problema novo com o qual o praticante terá que lidar, aprendendo a maneira correta de montar ou descobrindo meios para fazer com que o animal aceite seus comandos (como, por exemplo, levá-lo aos lugares em que deseja ir). Essa relação, por si só, já contribui para o desenvolvimento da sua autoconfiança e afetividade, além de trabalhar limites, uma vez que nessa interação existem regras que não poderão ser infringidas.

Outro aspecto a ser destacado é o fato de que a Equoterapia requer do praticante a atenção concentrada durante os trinta minutos em que a sessão se desenvolve. Este é um fator bastante importante para o bom desempenho do aluno na escola, pois a atenção, segundo estudiosos como Vítor da Fonseca, é a base do aprendizado. Atenta, a pessoa seleciona o que quer aprender e guardar em sua memória para utilizar posteriormente.

Além disso, essa terapia auxilia o praticante a se organizar em relação ao seu espaço (o seeting terapêutico ou picadeiro), a desenvolver a sequencialidade de seus atos até montar e comandar o cavalo, a aprimorar percepções auditivas, visuais, táteis cinestésicas, proprioceptivas, a desenvolver o equilíbrio, a postura, a lateralidade, as motricidades ampla e fina, o esquema e conscientização corporal e contribui, inclusive, para o enriquecimento de seu vocabulário.

Com todos esses fatores associados durante o trabalho desenvolvido na Equoterapia, o praticante é motivado e estimulado a adquirir novos conhecimentos e a manter todos os seus sentidos ativados, o que o prepara para um melhor aprendizado da leitura, escrita e matemática.

* Águeda Marques Mendes é Pedagoga, Pós-Graduanda em Psicopedagogia.
Coordenadora do Centro de Equoterapia Porto Alegre - CEPA
CEPA - Centro de Equoterapia Porto Alegre - e-mail
Av Antônio de Carvalho 1328 - Porto Alegre - RS - CEP 91430-000
Telefone: (51) 3387-2757 e 9691-9178

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